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sábado, junho 09, 2007

Baladas Embriagadas I

A existência e a matéria são sistemas fascistas fielmente representados pela ciência de contornos mais proibitivos já alguma vez elaborada, a matemática. Para provar o que digo, basta um simples olhar crítico na assim chamada “verdade” que nos proíbe de dividir qualquer coisa por zero. Como em qualquer boa ditadura, tipicamente nos dizem que é assim porque é assim, que somos burros se não entendemos isso e que não vão perder tempo a discutir isso connosco; adicionam a este discurso um grito histérico e ainda somos frequentemente levados ao blue screen of death se algum programador ousou profanar os Céus e cometer tal heresia, não vá tal doutrina libertária conquistar adeptos dentre os utilizadores de pcs.
Na verdade, a impossibilidade da divisão por zero assenta-se nos mesmos princípios capitalistas que geram a estratificação social, a pobreza e a injustiça, pois assume que algo que exista só pode ser dividido por algo que também exista, transportando assim a mecânica de poder material para os números e recriando todos os impérios económicos em cada operação aritmética.
E se realmente esta impossibilidade é espelho de alguma vontade universal, então este mesmo axioma prova que Deus não existe, pois em qualquer universo digno de alguma metafísica não seria proibida a dissolução de algo dentro de si mesmo, num grandioso processo de divisão por zero.